19 novembro 2019

DESMATAMENTO: Risco de retroceder 30 anos em proteção à Amazônia


Os dados divulgados nesta segunda-feira (18/11) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de que o desmatamento anual na Amazônia medido entre 1º de agosto de 2018 a 31 de julho de 2019 é o maior para o período em um intervalo de 10 anos, revelam o que já se sabia desde a crise que culminou com a demissão do ex-presidente do órgão, Ricardo Galvão, no início de agosto: o país pode retroceder 30 anos em termos de proteção à Amazônia. O controle anual do desmatamento na Amazônia Legal é o feito pelo Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes) e apontou 9.762 quilômetros quadrados (km²) de área atingida, aumento de 29,5% em relação ao registrado no ano passado. O sistema Deter (levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia), também do Inpe e criticado pelo presidente Jair Bolsonaro, não estava tão equivocado assim, no fim das contas. “Desde 2012 estamos vivendo um crescimento”, disse o presidente do Inpe, Darcton Policarpo Damião. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o governo está atento. Mas reconheceu que o aumento, desde 2012, ocorre pela pressão das atividades econômicas. “Precisamos ver as estratégias e alternativas econômicas na região. Alguma coisa estruturante precisa ser feita”, declarou durante entrevista coletiva para a divulgação dos dados.
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