A dívida bruta do governo atingiu em
agosto o equivalente a 79,8% do PIB (Produto Interno Bruto), superando a
patamar recorde anterior, alcançado em abril deste ano (79,1% do PIB), segundo
o Banco Central. Em relação a julho deste ano, houve aumento de 0,8 ponto
percentual. A dívida bruta, que inclui os números do governo federal, INSS
e governos estaduais e municipais, alcançou R$ 5,6 trilhões em agosto. O
indicador tem subido anualmente desde 2013. Em agosto daquele ano, estava em
53,5% do PIB. Como o país deixou de ser superavitário em 2014 e começou a
registrar déficits, o endividamento disparou nos últimos anos e se agravou
também devido à recessão iniciada naquele ano e seguida por um período de fraco
crescimento que perdura até hoje. Somente em
2019, houve crescimento de 2,6 pontos na relação dívida bruta/PIB, devido a
fatores como efeitos da incorporação de juros (aumento de 4,0 p.p.), emissões
líquidas de dívida (aumento de 0,6 p.p.), ajuste decorrente da desvalorização
cambial (aumento de 0,3 p.p.) e do crescimento do PIB nominal, que contribuiu
para uma redução de 2,3 p.p. na dívida.
01 outubro 2019
Reginaldo Monteiro

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