07 maio 2019

MANIFESTAÇÃO: Começou a "balbúrdia" nas universidades brasileiras


Perto de completar um mês à frente do Ministério da Educação (MEC), Abraham Weintraub teve ontem (6) uma demonstração da resistência à sua política de cortes especialmente no ensino superior. Pela manhã, uma multidão tomou as ruas de Salvador em apoio não só à Universidade Federal da Bahia (UBFA), mas a todas as 60 universidades federais e aos 40 institutos federais (IFs) que terão 30% de corte no orçamento deste ano. Os IFs oferecem cursos técnicos em tempo integral, com formação concomitante do ensino médio e técnico, cursos técnicos subsequentes, para o estudante que já concluiu o ensino médio – nesse caso, somente a formação técnica, cursos superiores que formam tecnólogos, bacharéis e de licenciatura para o magistério, além de pós-graduação nas modalidades especialização e mestrado. Reitores de universidades públicas de SP divulgam carta em defesa da ciência brasileira. Estudantes do Rio protestam em visita de Bolsonaro contra cortes na educação. Durante a manifestação, o reitor João Carlos Salles rebateu afirmações do ministro Weintraub. Em entrevista na última terça-feira (30), ele disse que universidades federais são espaço de "balbúrdia" e que precisam mostrar resultados. "A UFBA melhorou seus índices e avançou em rankings e avaliações, como a do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) nos programas de pós-graduação. Afastada a justificativa de balbúrdia, era preciso afastar a justificativa de desempenho insuficiente, o que constituiria vício de motivação. Com isso, o governo recuou para em seguida avançar sobre todo o ensino superior e agora sobre a educação básica, ameaçando o futuro do nosso país", disse.
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