Estamos a menos de 90 dias
das eleições municipais. Já ouvi muitas vezes a frase “eu odeio política”, como
se não fosse através dela a alternativa para a melhoria da qualidade de vida.
Ouço muito também o “seja lá quem for não muda nada mesmo”. E se não muda, será que não é por culpa da nossa
escolha errada?
Os políticos é
que são iguais, são os mesmos, ou nós enquanto eleitores é que erramos? Será
que não temos sido derrotados pelo nosso próprio descaso em não pesquisar
melhor as candidaturas? Se vamos continuar afirmando com certeza que nada muda, será porque também não somos capazes de mudar.
O nosso
voto pode e deve fazer a diferença. O que não resolve é exercê-lo de forma inconsciente.
A história de que a união faz a força é verdadeira. Analisar os candidatos antes de votar pode nos levar a um resultado promissor. Caso contrário, corremos grande risco de choramingar
enquanto esperamos quatro anos para “dar o troco”.
Alguém dá cheque em branco
a quem não conhece? Ora, até a quem se conhece é difícil entregar um cheque
nessas condições. Votar de qualquer jeito pode soar como autorização para que
joguem um caminhão de lixo nas portas das nossas casas e, caso aconteça, não teríamos que reclamar do mau cheiro. Afinal, não fomos nós que dissemos com o
nosso voto “que jogue em qualquer lugar”?
É necessário entendermos
que para além do dever, o voto é um direito que conquistamos. Se é assim, porque não
fazermos bom uso dele? As eleições para prefeito e vereador são certamente mais
importantes que as demais, pelo fato de refletirem diretamente no nosso
cotidiano. É no município que nós moramos, onde vivemos. Para o nosso próprio
bem, este é o momento de passarmos a ter cuidado e consciência, porque a disputa política já está em curso.
Reginaldo Monteiro