Considerado um dos maiores atletas de todos os tempos, Muhammad Ali
faleceu na madrugada deste sábado, nos Estados Unidos. Multicampeão mundial de
boxe e uma lenda do esporte, ele deixa de legado um histórico impressionante de
vitórias no ringues. Ele tinha 74 anos de idade e estava internado em estado
muito grave em um hospital de Phoenix (Arizona), onde deu entrada com problemas
respiratórios. A morte foi confirmada oficialmente por meio de um comunicado
divulgado pela família do ex-boxeador. Horas mais cedo, o porta-voz da família
de Ali, Bob Gunnel, já havia informado que o mítico ex-pugilista sentiu
dificuldades ao respirar e os médicos já lhe estavam tratando no centro médico
de Phoenix, no qual foi internado. Muhammad Ali fez mais de 60 lutas
profissionais em sua vitoriosa carreira e as derrotas podem ser contadas nos
dedos de uma mão. Com uma técnica impecável e uma resistência fora do comum,
ele tornou-se uma lenda no mundo do boxe. Não só pelo seu talento em cima do
ringue, mas também por uma postura política que não era comum em atletas de
grande expressão. Por ser o primogênito, ganhou o nome do pai e foi
batizado como Cassius Marcellus Clay Jr., que também foi o nome de um
importante político abolicionista do século 19 nos Estados Unidos. Ele
tinha recém-completado 22 anos e já era campeão do mundo. Cassius
resolveu mudar de nome e passou a se chamar Muhammad Ali, nome escolhido pelo líder
nacional do Islamismo, religião que ele adotou. Longe dos ringues, sua luta
passou a ser contra as doenças. Em 1984 foi diagnosticado com Mal de Parkinson.
Como diante de adversários mais fortes, soube se esquivar até quando teve
fôlego.
(Estadão)