O
senador paranaense Roberto Requião está no PMDB há mais de 30 anos, desde a
época do MDB, e foi pela sigla deputado, governador do Paraná e prefeito de
Curitiba. Hoje, diante da saída do partido da base aliada, diz não reconhecer o
PMDB em que entrou, considera a reunião de terça-feira "uma piada" e
reprova Temer no poder: "sem proposta, seria um desastre igual ao que está
sendo o da Dilma". Para Requião, o partido não pode sair do governo,
porque nunca entrou efetivamente. "Ele (o PMDB) nunca se sentiu
representado." Duro crítico do plano batizado de Uma Ponte para o
Futuro, prévia do que seria um governo Temer na área econômica, o senador
afirma que as medidas causariam a "maior crise social da história do
Brasil". O plano de reformas liberais inclui relaxamento de leis
trabalhistas, privatizações, concessões e custos salariais menores. "É uma
espécie de protocolo dos sábios do mercado", diz. Isolado no partido, não
pensa em se desfiliar. "Não tenho outras opções melhores. Você não propõe
que eu vá para o PT, né?"
(BBC Brasil)