O Brasil teve, neste domingo (13), a maior manifestação contra a
presidente Dilma Rousseff, seu governo e o seu partido, o PT. Todos os 26
Estados e o Distrito Federal registraram protestos, e os atos reuniram mais de
3 milhões de pessoas em todo o país, segundo estimativas da PM (Polícia
Militar). Somente em São Paulo, foram à avenida Paulista 500 mil pessoas, conforme apurou o Datafolha.
Neste 13 de março, a Secretaria de Segurança Pública do Estado estimou em 1,8
milhão de manifestantes em todo o Estado de São Paulo sendo 1,4
milhão só na capital. Datafolha calculou em 500 mil o
número de manifestantes, o que faz do ato o maior já registrado na cidade, superando
inclusive a manifestação das Diretas Já em 1984, que reuniu 400 mil. Em 15 de
março do ano passado, dois milhões de pessoas foram às ruas em todos os Estados
e no DF. Em abril e agosto os protestos contra o governo perderam força, e os
atos daqueles meses registraram público de 590 mil e 795 mil pessoas em todo o
país, ainda segundo estimativas da PM nos Estados. Os
protestos deste 13 de março pediram o impeachment de Dilma e a prisão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, investigado pela Operação Lava Jato.
Em nota, o Planalto destacou o "caráter pacífico das manifestações".
Líderes do PT disseram estar
"tranquilos" com as manifestações e afirmaram que o tamanho dos atos
"não surpreende". "É preciso esperar. Vamos ver como o nosso
lado se manifesta. Não podemos avaliar o cenário político apenas com base nas
manifestações da oposição", disse o líder do PT no Senado, Paulo Rocha
(PA). O governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram hostilizados em rápida
passagem pela manifestação. Os tucanos não
discursaram e foram chamados de "oportunistas" e "ladrões".
Enquanto um grupo de manifestantes aplaudia a comitiva, outro pedia "Fora
Aécio! Fora Alckmin!".
(Bol)