O presidente argentino, Mauricio Macri, tem como uma das principais
promessas de campanha a reforma do Judiciário no país. Isto começou a ser
anunciado na última terça (1), ao abrir o Congresso. Segundo a Folha de S.
Paulo, são os projetos de lei propostos pelo líder político: a reforma do
Conselho da Magistratura (para regular a atividade de juízes), um pacote
anticorrupção que inclui a Lei do Arrependido (espécie de delação premiada) e
medidas contra o narcotráfico, como o confisco de bens de acusados. Mesmo
o presidente da Argentina encontrando dificuldades na implementação de seu
projeto, que tem por objetivo despolitizar e dar mais eficiência à Justiça,
tais ações não tardam em se concretizar. Em pesquisa recente feita pela
ONG, 73% dos argentinos confiam pouco ou nada na Justiça, e mais de 30%
acreditam se tratar somente de uma burocracia a ser superada. Além disso,
os números mostram que só 14% dos entrevistados teve acesso à Justiça. "O
cidadão ver a Justiça não como serviço, mas como um trâmite trabalhoso e
ineficaz, é sinal da degradação do atual sistema", conclui.
