A sujeira que os foliões deixam para trás aumenta a cada ano e é um dos
maiores problemas do pós-feriado: latas de alumínio, garrafas de vidro, copos
plásticos e panfletos de divulgação sujam as ruas, entupindo bueiros e
aumentando o risco de enchentes. Além disso, o lixo pode acumular água e
facilitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, zika e chikungunya. Dados
das empresas de limpeza que atuam nas cidades brasileiras mostram que vem sendo
registrado um aumento de cerca de 40%, a cada ano, na quantidade de lixo
recolhido após a folia. No ano passado, em quatro dias de festa, apenas
a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) recolheu
1.129,84 toneladas de lixo das ruas da cidade. De acordo com a empresa, os
blocos foram responsáveis pela maior parte dos resíduos descartados: 639,54
toneladas contra as 465,79 toneladas produzidas pela festa na Marquês de
Sapucaí. Segundo o Instituto Akatu, o
aumento do lixo gera impactos na coleta (que fica sobrecarregada), e no
armazenamento nos aterros. Mas a folia pode ter menos lixo nas ruas, uso de
embalagens retornáveis e menos desperdício de comida e de bebida. Cada cidadão
tem sua parcela de responsabilidade com o lixo no Carnaval.
(Band)