Apesar do senso comum, os alvos do mosquito Aedes
aegypti não são apenas as pessoas, mas também
seres felpudos e de quatro patas. A dirofilariose canina é uma doença que tem
entre seus vetores o mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e do
chikungunya. E a consequência é uma embolia pulmonar que pode levar à
morte. O veterinário André Luís Soares da Fonseca, professor na
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), explica que "o Aedes
aegypti prefere sangue humano, mas também ataca cães" – momento em
que o parasita dilofilaria
immitis entra no corpo do animal e passa a se desenvolver em seu coração,
podendo atingir até 20 centímetros de comprimento. “É um verme que fica em
forma de novelo. O animal infectado chega a abrigar no coração dez larvas ou
até mais”, alerta Rodrigo Monteiro, professor do curso de Medicina Veterinária
na Universidade Anhanguera. “O parasita se alimenta dos componentes do sangue,
nutrientes e proteínas do animal."
(Último Segundo)