Onze
pessoas foram executadas depois da morte de um soldado do 5º Batalhão de
Polícia Militar (BPM) de Londrina, no norte do Paraná. Os assassinatos
ocorreram num intervalo de seis horas, entre a noite de sexta-feira e a
madrugada deste sábado (30). O soldado Cristiano Luiz Botino (33) foi baleado
dentro do próprio carro, quando retornava para casa, numa avenida do Conjunto
Milton Gavetti. Este foi o segundo atentado registrado contra agentes públicos
nesta semana em Londrina. O ataque, segundo fontes do setor de segurança
pública, tem autoria comprovada de membros da facção criminosa Primeiro Comando
da Capital (PCC). Numa espécie de reação a morte do policial, minutos depois,
também na zona norte da cidade, cinco jovens foram baleados dentro de uma mesma
casa – três morreram na hora. Nas horas seguintes, assassinatos foram
registrados nos quatro cantos da cidade e em três municípios da Região
Metropolitana de Londrina. O Instituto Médico Legal (IML) recebeu, ao final da
noite, doze corpos. Os hospitais de plantão atenderam outras 16 pessoas
baleadas. O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Sebastião
Ramos, não se pronunciou oficialmente sobre os crimes. Nas redes sociais,
emitiu recado proibindo qualquer reunião entre investigadores e agentes da
Polícia Militar e Guarda Municipal. O comandante do 5º BPM, tenente-coronel
José Luiz de Oliveira, também não se expressou. Por meio de nota, o secretário
da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, determinou “empenho máximo e
rigor das equipes policiais na apuração dos casos ocorridos em Londrina e
região”. A secretaria não cita se investiga ou não atuação de milícia policial
neste caso. A série de execuções gerou uma reação imediata. Interceptações
telefônicas realizadas por fontes policiais mostram que o PCC vai reagir. Numa
gravação, um membro da facção considera as mortes uma “deselegância extrema
contra nossos irmãos” e ordena um “salve geral para matar polícia”.Em resposta
a chacina, a Secretaria Estadual de Segurança Pública encaminhou para a cidade
profissionais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Devido a
gravidade dos acontecimentos, o comandante da PM do Paraná também virá para
Londrina, o Coronel Maurício Tortato também se deslocou para Londrina.
Reginaldo Monteiro

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