17 janeiro 2016

Crise econômica obriga cidades a reduzirem ou cancelarem carnaval

A escola de samba Mocidade Alegre, de Juiz de Fora, teve que guardar tudo o que já estava pronto para o carnaval deste ano e, quem sabe, usar em 2017. Isso porque, por conta da crise econômica que atingiu o Brasil, a Prefeitura da cidade propôs a redução de quase 70% da verba das agremiações, que cancelaram o evento. Esse não é o único exemplo, segundo a Folha de S. Paulo. Pelo menos outros 53 municípios em nove Estados cancelaram ou reduziram o carnaval. Muitas das cidades vão usar o dinheiro inicialmente destinado à folia para investir em ambulância, abrigo para crianças, salas de aula e obras contra as enchentes. "Reduzir, como proposto, de R$ 65 mil para R$ 22 mil faria o espetáculo ser de baixa qualidade. Já há preconceito de que Carnaval usa dinheiro público e, se fosse apresentado algo ruim, só aumentaria isso", confessou ao jornal o publicitário Henrique Araújo, diretor da Mocidade Alegre mineira.  Apenas no Estado de Minas Gerais, os cancelamentos ou reduções acontecem 26 cidades. Em São João del-Rei, por exemplo, os R$ 350 mil de verba do desfile vão ser realocados para operação tapa-buraco (R$ 200 mil) e apoio à saúde (R$ 150 mil), de acordo com o secretário de Cultura e Turismo, Pedro Leão. O Carnaval dos blocos, no entanto, está mantido. 
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