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Ministério Público de São Paulo investiga se a empreiteira OAS buscou favorecer
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao reservar para a família dele um
apartamento triplex no Guarujá (litoral de SP) e pagar por uma reforma
estrutural no imóvel no valor de R$ 700 mil. A Promotoria colheu depoimentos de
engenheiros e funcionários do condomínio que apontam que apenas familiares de
Lula estiveram no triplex durante as fases de construção e reforma do imóvel e
que as visitas envolveram medidas para esconder a presença do ex-presidente e
parentes no condomínio. A família do ex-presidente desistiu de ficar com o
triplex depois da publicação de reportagens sobre o imóvel. Uma das visitas
teria ocorrido em 2014 com o então presidente da OAS José Aldemário Pinheiro
Filho, o Léo Pinheiro, que chegou a ser preso na Lava Jato, acusado de
corrupção na Petrobras. O zelador do prédio disse que um funcionário da OAS
orientou-o a não falar da ligação de familiares do ex-presidente com o imóvel. Os
promotores investigam a transferência de empreendimentos da cooperativa
habitacional Bancoop, entre eles o triplex do Guarujá, para a OAS em 2009.
Apuram também se a construtora usou os imóveis, na praia de Astúrias, para
lavar dinheiro ou beneficiar pessoas indevidamente.
(IG)