A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza
Campello, disse nesta sexta-feira (27) que, pelos cálculos do ministério, se o
corte de um terço nos recursos do Bolsa Família para o ano que vem for incluído
no Orçamento de 2016, como indicou o relator da Comissão Mista de Orçamento
(CMO) do Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR), cerca de 23 milhões de
pessoas deixarão o programa e, desse total, 8 milhões, voltarão para a extrema
pobreza. "Vai ser uma calamidade", avaliou. "Nós não queremos
este cenário para o Brasil". A ministra comentou, ainda, que o Bolsa
Família não registrou até agora qualquer impacto em decorrência da crise
econômica pela qual o país atravessa. "A gente não verificou nenhuma
alteração de maior ou menor procura pelo Bolsa Família". A ministra também
disse não acreditar em uma reversão em uma política, segundo ela, tão efetiva
como o Bolsa Família. “O Cadastro Único não serve apenas para o Bolsa Família,
muita gente melhorou de vida. Três milhões de famílias saíram [da extrema
pobreza] e nunca mais voltaram", explicou, acrescentando que são pessoas
que melhoraram a condição social.
(Band)