10 novembro 2015

China terá mais 3 milhões de bebês por ano com fim de filho único

O vice-ministro da Comissão Nacional da Saúde e Planejamento Familiar chinês, Wang Peina, estimou hoje (10) em mais de 3 milhões os bebês que nascerão anualmente na China depois da abolição da política de "um casal, um filho". A medida, anunciada no mês passado pelo Comitê Central do Partido Comunista Chinês, visa a conter a crescente pressão na economia imposta pelo rápido envelhecimento da sociedade. Trata-se de uma ampliação de flexibilização da política de filho único, iniciada em 2014 e que permitia aos casais em que ambos os cônjuges são filhos únicos ter uma segunda criança. Mais 90 milhões de mulheres ficam assim autorizadas a ter um segundo filho, mas cerca de metade tem de 40 a 49 anos, o que poderá "constituir um limite ao seu desejo ou capacidade de ter outra criança", lembrou Wang. Algumas poderão se sentir "relutantes", enquanto outras "não estarão aptas a dar à luz", acrescentou. Em Pequim, apenas 10% dos casais se inscreveram para ter um segundo filho, desde que, no ano passado, o governo chinês decidiu aliviar a política, imposta em 1980. No total, até 2050, a abolição poderá acrescentar 30 milhões de pessoas à população em idade ativa, afirmou o vice-ministro.
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