A presidente Dilma Rousseff determinou ao
ministro Nelson Barbosa que amplie o corte de cargos comissionados. No anúncio
feito na semana passada, seriam apenas mil dos 22 mil que ocupam a Esplanada. A
presidente resiste, no entanto, a reduzir mais ministérios. Ainda está em dez o
corte, sendo cinco apenas perda de status. O Planejamento apresentou estudo com
corte de 15 pastas, entre elas a incorporação do Desenvolvimento Agrário à
Agricultura ou ao Desenvolvimento Social, e a extinção do Turismo. Mas Dilma quer
evitar mexer com a base social que ainda tem ao seu lado, evitando perder o MST. Paralelamente
aos cortes, a presidente voltou a falar com seus assessores sobre a importância
de ter o apoio do PMDB, que poderá ser compensado na reforma ministerial. Com
isso, Dilma pretende “reinaugurar” as relações com os peemedebistas,
deterioradas com a saída de Michel Temer e Eliseu Padilha da articulação
política. Só que as mudanças não serão fáceis. Integrantes do Ministério do
Planejamento já defendem que as secretarias de Aviação Civil e de Portos sejam
mantidas com status de ministério. O argumento usado é que essas
pastas, criadas no primeiro mandato de Dilma, ainda não terminaram a sua
missão. No caso da Aviação Civil, por exemplo, é preciso concluir o marco
regulatório do setor (dos aeroportos regionais), definir a situação da Infraero
e modernizar o Código Brasileiro de Aeronáutica. Em relação a Portos, estão
pendentes uma definição sobre as companhias Docas e questões relativas à
cabotagem e à praticagem (serviço de auxílio à navegação).
(O Globo)