20 julho 2015

Avó afegã arma netos e vira heroína na luta contra o Taleban

Ferozah tem entre 60 e 70 anos - ela desconhece sua idade correta, já que nunca foi a escola. Agora, é comandante de uma unidade da polícia que luta contra o Taleban na província de Helmand, no sul do Afeganistão. Ela assumiu o posto em Sistani, em Marjah, após seu filho ser morto. Recebeu a mais alta condecoração do Afeganistão dada a uma mulher, a medalha de Malalai, heroína de uma batalha contra os britânicos no século 19. Ser uma comandante militar numa cultura rural, onde mulheres raramente trabalham fora de casa, é bastante raro. Mas as surpresas não param por ai. Dois de seus netos, Faizal Mohammed, de 13 anos, e Sultan Mohammed, de 14, lutam ao seu lado. Eles são rápidos em montar e desmontar um rifle Kalashnikov - mostram destreza semelhante a de um veterano experiente. Ela diz: "O Taleban vive me provocando, dizendo 'o que você ganhou? você armou até os seus netos'. Mas o governo está ganhando e eles estão perdendo." Ferozah os chama de "guerreiros de Sistani" - e os jovens já enfrentaram muitas batalhas contra o Taleban. Mas, independente do nome que têm, estas são crianças transformadas em soldados, o que viola o direito internacional. Sistani está na linha da frente entre densamente povoada zona central de Helmand, onde vive a maioria das pessoas no país, e as áreas menos povoadas do norte e sul. A região central, cortada pelo rio Helmand, é mais estável do que antes da chegada das tropas internacionais. As estradas estão bem melhores e há 75 postos de saúde, fornecendo serviços básicos num lugar onde antes não havia nada.
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