O
governador do Paraná, Beto Richa, está no centro de um novo escândalo. Segundo
reportagem da jornalista Estelita Hassa Carrazai, do jornal Folha de S. Paulo,
auditores fiscais do Paraná, acusados de corrupção, doaram à campanha à reeleição
de Richa, em 2014, e foram promovidos. "Na mira do Ministério Público após
a descoberta de um esquema de corrupção e pagamento de propina na Receita
estadual, auditores fiscais do Paraná doaram à campanha do governador Beto
Richa (PSDB) e a outros 25 aliados quase R$ 1 milhão no ano passado", diz
a reportagem. "Contribuíram para o caixa eleitoral 291 dos 933
auditores do Estado, com doações individuais. Desses, 219 foram
promovidos pouco antes da campanha, em maio. A maioria foi elevada ao teto da
categoria, com salários de aproximadamente R$ 30 mil". Uma
denúncia enviada ao Ministério Público sustenta que a mulher do governador,
Fernanda Richa, foi quem condicionou as doações às promoções. De acordo com os auditores
e a campanha de Richa, as doações foram legais e declaradas à Justiça
Eleitoral. Um dos auditores, em delação premiada, afirma que a campanha de Richa recebeu R$
2 milhões de propinas levantadas pelos fiscais para anular dívidas tributárias.
(JBonline)