O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), afirmou nesta quinta-feira
(30), em entrevista à Rádio Estadão, que não dá para tolerar a ameaça
permanente de invasão à Assembleia Legislativa do Estado, em uma referência ao
confronto desta quarta-feira (29), entre manifestantes, em sua maioria
professores em greve, e policiais, que deixou mais de 200 pessoas feridas. Richa
disse que não havia justificativa para a greve dos professores, argumentando
que foi "o governador que concedeu o maior aumento salarial para os
professores na história do Paraná". Segundo Richa, houve 60% de aumento
nos últimos quatro anos, além de ampliação em 75% a reivindicada hora/atividade
e concessão de outros benefícios. Richa disse que pediu serenidade, equilíbrio
e discernimento aos professores, mas eles foram inflamados pelo sindicato. O
governador também apontou infiltração de black blocs, destacando que, por
solicitação da Justiça — a pedido do Legislativo. O governador tucano
disse que solicitou ao comandante da PM que os policiais evitassem o confronto
e fossem tolerantes. Indagado sobre a discrepância de números de manifestantes
feridos - o sindicato fala em mais
de 200 -, disse que o levantamento de registros em hospitais indicam 50, mas alegou que houve atendimento a pessoas por causa do gás
de pimenta e que isso pode ter não sido computado entre os feridos.
(R7)