No sábado, 4 de abril, a Microsoft
celebrou 40 anos desde que foi criada por Bill Gates e Paul Allen em Seattle. O
aniversário é emblemático porque 2015 também marca aniversário de 20 anos do
lançamento do Windows 95 (lembra dele?), o sistema operacional que mudou a
relação da companhia com os consumidores. Quarentona, a Microsoft agora
prepara-se para um novo marco na sua trajetória, com o lançamento do Windows
10, previsto para junho de 2015. O novo sistema operacional tem a missão de ser
tão abrangente para a companhia que precisa resolver, em uma tacada, sua
participação em todos os ambientes e junto a todos os usuários, dos
consumidores a usuários corporativos, do mobile à nuvem, passando pelo desktop. Em entrevista à Computerworld, o analista Jan Dawson, da Jackdaw Research,
garante que o Windows 10 é o maior desafio que a Microsoft encara em
2015. "A Microsoft tem uma imensa base instalada de Windows no
ambiente B2C", diz Dawson, "e o grande teste será ver essa base fazer
o upgrade para o Windows 10". No lado corporativo, a Microsoft tem a
seu favor milhões de máquinas instaladas e uma razoável certeza de que o
mercado corporativo vai migrar mais cedo ou mais tarde para o novo sistema. A
pergunta é se o Windows 10 continuará a ser para a companhia uma fonte de
receita e lucros, com foram seus antepassados, ou se a empresa de Bill Gates
vai abrir mão cada vez mais da receita em favor de manter a bandeira fincada no
cenário de TI. As decisões da companhia sobre quem vai ou não ter direito a
upgrade gratuito para o Windows 10, por exemplo, sinalizam o tamanho do debate.
A Microsoft é um dos únicos grandes fabricantes de sistemas operacionais que
ainda continuam a cobrar pelo dito software. E embora ela já tenha descartado
cobrar para todos os smartphones, alguns tablets e notebooks, não é certo que
vá abrir a mão mais do que isso no lançamento do Windows 10.
(CW)