Em greve desde o dia 13
de março, professores da rede estadual de São Paulo fazem, na tarde desta
sexta-feira (10), passeata na região do Morumbi, na zona oeste de São
Paulo. Durante a assembleia, a categoria decidiu manter a greve que vai
completar um mês na próxima segunda-feira. "A assembleia decidiu,
praticamente por unanimidade: a greve continua", afirma Izabel Noronha,
conhecida como Bebel, presidente da Apeoesp (sindicato da categoria). De
acordo com a PM, cerca de 20 mil manifestantes participaram do protesto.
Já a categoria afirma que foram 60 mil. Os professores
começaram a se reunir por volta das 14h na praça Roberto Gomes Pedrosa, em
frente ao estádio do Morumbi. Às 16h30, eles seguiram em direção ao
Palácio dos Bandeirantes. Aos gritos de "O professor chegou",
"Geraldo salafrário, aumenta meu salário", "Ô governador, essa
novela é um filme de terror", entre outros, os professores tomaram a
frente do edifício-sede do Governo. A PM acompanha a movimentação. Os
professores chegaram a jogar objetos no portão do Palácio para tentar forçar a
entrada, mas foram impedidos pelos diretores sindicais que estavam no carro de
som. Apesar das tentativas, representantes da categoria não foram
recebidos. Por voltas das 19h, eles estavam na avenida Morumbi, que ficou
totalmente bloqueada na altura da Padre Lebret. A promessa é marchar até a
sede da rede Globo, distante quase 4 km do local. A última reunião entre
governo e professores foi no dia 30 de março. A presidente disse que
a conversa "não deu em nada". "Não tivemos nenhuma
sinalização de reajuste", disse.
(Último Segundo)