Exposta ao momento crítico enfrentado pelo governo federal, a
Central Única do Trabalhador (CUT) decidiu neste ano abandonar o clima de
festa na celebração do 1º de maio, que tradicionalmente conta com shows e
clima de festa. Neste ano, o Dia do Trabalho será uma data para discussões
de temas como emprego, educação e habitação. O 1º de maio contará com
a participação de movimentos sociais, como Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Movimento dos Atingidos
por Barragens (MAB). Não será o primeiro ato encabeçado pela CUT que terá a
participação de outros movimentos sociais. No mês
passado, no dia 13, os mesmos grupos fizeram uma mobilização nacional. Nesta
terça-feira (7), a CUT se alia à Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB),
ao MST, à UNE e dezenas de movimentos populares do campo e da cidade realizam
manifestações em todo o Brasil para impedir que o Congresso Nacional aprove o
Projeto de Lei 4330/04, que libera a terceirização para todas as atividades das
empresas. Na prática o projeto propõe a generalização da terceirização, o
que precariza a vida do trabalhador, aumenta a informalidade disfarçada pela
"pejotização", cria contratos temporários, exclui direitos. Os
principais atos estão programados para serem realizados em Brasília, no
Congresso Nacional, e em São Paulo, na Praça da República. O movimento também
terá como bandeira a defesa da saúde pública, da democracia, dos direitos dos
trabalhadores, da Petrobras e das reforma política, agrária e da comunicação e
combate à corrupção.
(Último Segundo)