A semana política em Brasília começa com expectativa e tensão
entre parlamentares. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve
enviar nesta terça-feira (3) pedido de abertura de inquéritos contra políticos
envolvidos com o esquema de desvio de recursos da Petrobras. É, até aqui, um
dos principais desdobramentos da Operação Lava Jato. Lista terá pelo menos 35
nomes de políticos que teriam se beneficiado do esquema de propinas na
Petrobras e será encaminhada ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal
Federal. Somente após análise de cada caso, STF decide se os nomes serão
divulgados ou se serão investigados em segredo de Justiça. As consequências
políticas são imprevisíveis. Os governadores reeleitos do Acre, Tião Viana
(PT), e do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), teriam sido citados em
procedimentos abertos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), além do
ex-ministro Mário Negromonte, que hoje é conselheiro do Tribunal de Contas dos
Municípios da Bahia. A provável lista de políticos citados nas delações
premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, do doleiro Alberto
Youssef e de executivos das empreiteiras envolvidos no esquema de corrupção
desmantelado pela operação Lava Jato da Polícia Federal pode incluir 39 nomes,
incluindo deputados e ex-deputados federais, senadores, governadores e
ex-governadores. Nomes que devem aparecer na lista de Janot são dos
ex-ministros da Casa Civil, José Dirceu e Antônio Palocci, além dos
pernambucanos falecidos Eduardo Campos (PSB) e Sérgio Guerra (PSDB). PT, PMDB e PP, em ordem decrescente,
são os partidos com maior número de envolvidos. Mas nomes da oposição também
apareceram nas investigações.
(Revista Voto)