A festa de aniversário de 70 anos da ex-ministra Marta
Suplicy marca
também o início de uma nova era. Após 34 anos no Partido dos Trabalhadores
(PT), ela confirmou, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, que vai deixar o partido. Com planos de
concorrer à Prefeitura de São Paulo, em 2016, a ex-senadora também confirmou
que vai se filiar ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) no momento em que
a cúpula do partido considerar o melhor. Pelo mesmo partido, a também
ex-senadora petista Marina Silva concorreu à Presidência da República no ano
passado. Figuras carimbadas nas festas da ex-ministra, o ex-presidente
Luis Inácio Lula da Silva, e o presidente do PT, Rui Falcão, não estavam entre
os convidados. A saída de Marta do PT começou a se costurar no final
do ano passado, quando ela deixou o comando do Ministério da Cultura e passou a
fazer críticas ao ex-partido. Desde então, o PSB tem tentado atraí-la. Marta,
inclusive já almoçou com membros do partido para articular a sua
filiação. O desejo de Marta de concorrer novamente à
prefeitura de São Paulo – cargo que assumiu entre 2001 e 2005 – fica cada
vez mais distante, apesar das recentes avaliações negativas do atual titular,
Fernando Haddad. No PSB, ela teria uma chance para encabeçar uma chapa, espaço
que já não tem mais no Partido dos Trabalhadores. Ex-mulher do atual
secretário Municipal dos Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, Marta
ingressou no PT em 1981. Defendendo o partido, ela foi deputada federal entre
1995 e 1998. Em 2001, assumiu a prefeitura da capital. Apesar de implantar o
Bilhete Único, seu mandato foi marcado por greves de ônibus e taxas, chegando a
ser apelidada de "Martaxa". Ela terminou o mandanto com 48% de
aprovação, mas apesar disso não conseguiu se reeleger e perdeu a campanha para
o tucano José Serra, apoiado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
(Último Segundo)