As novas regras de estímulo ao parto normal para os associados aos
planos de saúde, divulgadas nesta semana, preveem que as operadoras não serão
mais obrigadas a pagar por cesarianas desnecessárias. Apesar de a Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) julgar que esta é a opção pela saúde da
mulher e do bebê, movimentos feministas e o Conselho Federal de Medicina acham
que a nova regra fere a autonomia da mulher na escolha do parto. O diretor
adjunto da diretoria de produtos da ANS, João Barroca, acredita que o direito à
escolha deve ser relativizado diante do direito à saúde. “Ninguém vai contra a
cesariana, desde que haja indicação do procedimento cirúrgico. A opção é pelo
direito à saúde”, defendeu Barroca. Para ele, aos poucos, a cultura do parto
natural ganhará mais força no Brasil. As operadoras de plano de saúde apoiaram
as novas regras.
(Último Segundo)