03 novembro 2014

RJ: Ato ecumênico lembra mortos e desaparecidos no regime militar

Organizações de direitos humanos, religiosos e movimentos da sociedade aproveitaram o Dia de Finados, neste domingo (2), para lembrar os mortos e desaparecidos do regime militar, entre 1964 e 1985,  além de vítimas de tortura e morte sumária pelo Estado, como o caso Amarildo de Souza. O ajudante de pedreiro foi torturado e morto por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), da Rocinha, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, em 2013. A homenagem às vítimas ocorreu com uma celebração ecumênica, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na zona norte, onde está o monumento pelo Grupo Tortura Nunca Mais em memória a 14 militantes enterrados ali. No local, durante o regime, havia uma vala onde as ossadas dos ativistas foram enterradas, misturadas com os restos mortais de 2 mil indigentes, de acordo com a presidenta do grupo, Victória Grabois, que teve acesso a documentos oficiais. Segundo ela, o ato também cobra a abertura dos arquivos da ditadura para que sejam revelados os paradeiros de todos os mortos e desaparecidos, cerca de 500 pessoas. “Tudo o que temos até hoje são informações pontuais. Levamos anos para saber [do paradeiro] de um, mais não sei quantos anos para saber de outro”, disse. “O Estado precisa ter a coragem de abrir os arquivos, para que saibamos o que aconteceu e interrompamos esse ciclo de  violência,  consequência da ditadura, com punição para quem matou torturou e ocultou cadáver”, completou.
(JCnet)
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