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Folha de S. Paulo reconheceu que a desigualdade no Brasil não aumentou sob o
governo da presidente Dilma Rousseff, como noticiou em manchete de primeira
página nesta quinta-feira 18. "Sob governo Dilma, desigualdade no Brasil
aumenta pela primeira vez desde 2001", dizia o título, maior que o usual.
A informação teria como base dados da Pnad, divulgada ontem pelo IBGE. A
verdade, porém, é que o índice que mede a desigualdade variou apenas 0,002 em
relação à distribuição da renda, passando de 0,496 em 2012 para 0,498 em 2013
(quanto mais próximo de 0 e mais distante de 1, reflete menor desigualdade) e
apenas 0,001 no indicador sobre fontes de rendimento. O próprio IBGE considerou
que a desigualdade se manteve no mesmo nível, e não que houve piora. Outros
veículos da mídia familiar, como o portal G1, da Globo, o site da revista Veja
e o jornal O Globo seguiram a mesma linha, noticiando que houve aumento da
desigualdade. Depois, a Folha de S. Paulo publicou um "erramos", retificando a
manchete maldosa e com tom pessimista de horas antes, que lembrou o personagem
"Pessimildo", criado para a propaganda eleitoral do PT e que só vê o
lado negativo das coisas.
(brasil247)