14 agosto 2014

Para PT e PSDB, clima de comoção pode impulsionar Marina Silva

A morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e as expectativas em torno da possível indicação da ex-senadora Marina Silva como candidata ao Planalto acenderam o sinal amarelo nas campanhas do PT e do PSDB. A ordem nos dois partidos é aguardar uma decisão concreta do PSB sobre a chapa presidencial. Mas petistas e tucanos admitem que estariam dadas as condições para uma reviravolta na cena eleitoral. Uma preocupação comum é de que o clima de comoção com a morte do socialista dê um impulso ao projeto de uma terceira via, que até então era dado como superado pelas duas campanhas. Entre aliados de Dilma, a expectativa é de que a negociação sobre o destino de Marina seja dura e acirre os ânimos entre socialistas e integrantes da Rede Sustentabilidade. A mesma impressão apareceu nas rodas tucanas, embora os dois lados já considerem praticamente certa a indicação de Marina. Tanto o time petista quanto o tucano entendem que a eventual entrada da ex-verde na disputa põe em risco a polarização que desejavam na corrida eleitoral. Marina, diz um líder do PSDB, tem chances maiores de atrair o eleitorado jovem e capitalizar o sentimento de mudança identificado nas principais pesquisas de opinião. Além disso, acrescenta, ela tem a vantagem de dialogar bem com o eleitorado evangélico, podendo diminuir o potencial de crescimento do candidato do PSC, Pastor Everaldo.
(IG)
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