A cada
novo carro vendido, uma lista de custos é avaliada pelo consumidor – ou pelo
menos, deveria ser. Trata-se de um monte de dinheiro: para estacionamento,
combustível, possíveis reparos e o seguro. Esse último anda cada vez mais
salgado, especialmente para quem mora na Grande São Paulo. Há corretores que já
observam alta de até 20% nos seguros no País. Esse aumento é efeito do avanço de um
índice nada positivo: o de roubo e furto de carros em todo o País. Segundo
dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência
Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), no primeiro semestre
foram roubados 266 mil veículos no Brasil, 39% a mais que no mesmo período do
ano passado. O Estado de São Paulo é cenário de 44,75% desses crimes, com 119 mil
veículos roubados ou furtados. O efeito sobre os preços é direto. Entre 65% e
70% dos gastos da seguradora têm a ver com o pagamento de sinistros de todos os
tipos. O diretor-executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg),
Neival Rodrigues Freitas, ressalta que a maior parte dessa fatia cobre roubos e
furtos. “É um ponto importante, talvez o principal item considerado no calculo
do seguro de automóvel”, sinaliza.
(IG)