No extremo norte do Brasil, a maior parte da população é
pobre e sempre sofreu com uma série de problemas de saúde: malária, verminose,
leishmaniose, mortalidade infantil elevada. O povo sofre com doenças variadas,
enfrenta epidemias do campo, se acidenta com frequência no trabalho, e padece
com o isolamento e atendimento precário. Esta é a realidade da maioria
dos lugarejos mais distantes do nosso território. Regiões agrícolas que muitas
vezes não tem nem médicos para socorrer a população. No programa Mais Médicos,
a contratação de médicos ocorreu em etapas, primeiro as vagas foram abertas
apenas para médicos formados no Brasil. Só que o volume de interessados foi
muito pequeno, por isso em um segundo momento as vagas não preenchidas foram
destinadas a doutores de outros países, que acabaram se tornando maioria. Ao
todo, o Ministério da Saúde contratou 14.462 médicos. Dra. Anelie
Reguera foi a segunda médica do programa a chegar a Calçoene. Ela também é
cubana e tem especialização em atendimento comunitário. Ela faz palestras em
escolas sobre prevenção de doenças. “Estamos ensinando para a população como
cuidar da saúde para evitar doenças recorrentes”, alerta. Depois das palestras
as médicas aproveitam para atender a população. Os doutores se dedicam exclusivamente a atenção básica,
fazendo consultas e dando orientação aos pacientes. A ideia é resolver o máximo
de problemas no próprio município e só encaminhar para a capital do estado os
casos mais complicados, que exigem exames sofisticados ou atenção de
especialistas.
(G1)