23 junho 2014

Padre que nasceu mulher celebra culto na Catedral Nacional de Washington

Ele se chama Cameron Partridge. Tem 40 anos, é casado e pai de dois filhos pequenos. Cristão de fé e formação, é membro da Igreja Episcopal – uma instituição cristã dos Estados Unidos, independente mas associada à tradição do anglicanismo (surgido na reforma protestante no século 16, na Inglaterra). Na vanguarda da defesa de direitos humanos e minorias, essa igreja progressista não considera a homossexualidade um pecado. E, como evidência de seu respeito pela diversidade, celebra casamentos gays e ordena padres transgêneros. E esse é o caso de Cameron, que nasceu do sexo feminino, mas nunca se reconheceu como mulher. Jovem, sentia interesse por outras mulheres ao mesmo tempo em que percebia despertar a vocação religiosa. Quando começou a estudar na Faculdade Bryn Mawr, na Pensilvânia, assumiu-se lésbica, mas não "saiu do armário" apenas na sexualidade. "Eu vinha lutando contra minha vocação por alguns anos. Na faculdade, mergulhei no trabalho acadêmico, sobretudo gênero, sexualidade e religião, mas também sentia um chamado ao sacerdócio", disse Cameron, em entrevista ao Religion News Service em 2013. "O sacerdócio não era muito comum nos contextos do meu ensino médio e da minha faculdade. Então, compartilhar isso com meus amigos foi como sair do armário. Era uma coisa surpreendente para se fazer", comparou. Cameron se formou em teologia pela Harvard Divinity School. Aos 22 anos, apaixonou-se pela mulher com quem decidiu passar o resto da vida. Em 2001, com 28, tornou-se legalmente um homem.
(brasilpost)
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