O aniversário de cento e um anos de dona Laura Bolito Magro, no
dia 2 de março, foi comemorado com um belo churrasco, uma espécie de segunda
edição da festa do centenário. A comida tão mal falada foi saboreada pela
velhinha ao lado das três filhas, genro, netos, bisnetos e amigos da família.
Pudera, o coração da ex-costureira está forte como sempre e a pressão arterial
de 11 por 6 é de dar inveja a qualquer quarentão hipertenso. Laura é uma dos
mais de 23 mil centenários do Brasil, de acordo com o último censo do IBGE de
2010. Para a geriatra Lara de Araújo, uma das responsáveis pelo ambulatório dos
Nonagenários da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Laura é uma
premiada. Foi ao médico pela primeira vez na vida no Hospital do Servidor em
1975, quando tinha 62 anos, por causa de uma hemorragia interna no olho. Foi a
única vez em que ficou internada. O problema mesmo só veio há quatro anos, quando perdeu a
visão do olho direito. O esquerdo também está comprometido por causa da
catarata e do glaucoma. “Não enxergo mais nada, só vulto”, lamenta. Também teve
duas crises fortes de asma nos últimos dois anos. Haydeé, a filha do meio,
comenta que após as crises de asma, a mãe fica muito triste. Não que seja a
maior preocupação de Laura, ela não é do tipo que esquente muito a cabeça se
preocupando, mas ela não quer morrer.
(IG)
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