A esta altura do campeonato, não é novidade para ninguém que boa parte de “Amor à Vida” gira em torno de Félix (Mateus Solano), vilão que foi capaz de jogar a sobrinha recém-nascida numa caçamba de lixo, que, por acaso, é gay. Muito se falou sobre a cegueira de todos em volta do rapaz, que não percebiam sua real orientação sexual ainda que ele tivesse certas afetações e usasse expressões como “Deu a Elza” ou chamasse Pilar (Susana Vieira) e César (Antonio Fagundes) de “mami” e “papi”. Todas estas questões foram postas por água abaixo no capítulo da última quinta-feira (1), quando Edith (Bárbara Paz) revelou para quem quisesse ouvir a homossexualidade de seu marido. Ainda que repleto de didatismo no texto de algumas cenas, o episódio prestou um grande serviço ao trazer para o debate a saída do armário para a família. Em poucas linhas, alguns conceitos erroneamente difundidos foram desmentidos no horário de maior audiência da TV brasileira. Ao se mostrar confuso com a revelação sobre o pai, por exemplo, Jonathan (Thalles Cabral) diz a Paloma (Paolla Oliveira): “Mas eu gosto de mulher”. Prontamente, a mocinha afirma a ele que o fato de ser filho de um homossexual nada influi em sua orientação: “A maior parte dos gays é filho de casais heterossexuais”.
(IG)
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