A honra do
homem público, especialmente do que exerce mandato político, representação
máxima da democracia, não é somente a imagem pessoal do parlamentar para
consigo mesmo. É muito mais ampla. Envolve a imagem perante terceiros, perante
a sociedade e seus pares da Casa Legislativa.
Após o pronunciamento do vereador
Chapéu na sessão de 28 de maio sobre a doação de uma área de terras pela prefeitura em 2011, que
estaria sem qualquer utilização desde então, o presidente da câmara municipal
de Pederneiras afirmou com veemência que a doação havia sido votada e aprovada em 2013. Entendido assim, Chapéu não saberia sequer o
que vota.
Isso repercutiu fortemente, porque
transmitido ao vivo pela TV Câmara para internautas e repetido em entrevista à
rádio local. O comentário foi geral em cada esquina da cidade.
Entretanto, descobriu-se em
seguida que o tal projeto de lei, cuja aprovação foi enfaticamente afirmada,
sequer tramitou naquela casa legislativa. Se cabe ao presidente conduzir as
discussões e votações em plenário, parece ele próprio não saber o que pauta na
ordem do dia para deliberação.
O presidente da câmara
deveria saber que constitui falta de ética e de decoro parlamentar dirigir
palavras injuriosas aos seus pares; acusar vereador, ofendendo sua
honorabilidade com argüições inverídicas e improcedentes; usar os poderes e
prerrogativas do cargo para constranger colega.
Não
resta dúvida de que foi isso mesmo que fez o presidente em relação a três
outros vereadores. Em tese, houve de sua parte quebra da ética e do decoro
parlamentar.
Apenas na sessão seguinte, 15
dias após o destempero presidencial, é que a maior autoridade do legislativo se
dignou a pedir desculpas. Entretanto, tendo conhecimento de que suas afirmações
acusatórias eram fictícias, inverídicas e prejudiciais à imagem daquele que
tanto quanto ele exerce mandato popular, deveria ter procurado a imprensa
para redimir-se da brincadeira de péssimo gosto que fez. Mas não deu qualquer importância
a isso.
Optando por se desculpar ao
microfone durante a sessão seguinte, o presidente instituiu uma jurisprudência:
a da “mea desculpa, mea máxima desculpa”. Esse termo não existe, como também
não existiu a aprovação de projeto de lei que ele afirmou ter
ocorrido. Mas cabe como luva neste caso.
Significa que fato tão grave
quanto o praticado pelo presidente, se vindo de outro membro da casa, não
poderá sofrer enquadramento no código de ética dos vereadores da câmara
municipal de Pederneiras. Bastará um singelo “peço desculpa” em plenário e tudo
estará resolvido.
Simples assim!
ISSO É PIADA OU COMEDIA, COMEDIA OU PIADA DUVIADA CRUEL ONDE ESTOU OU O QUE DEVO FAZER DIXA EU VER NO Facebook PERA AI!!!!!!!!!!!
ResponderExcluir