21 abril 2013

Pico de explosões solares acontecerá em maio e pode afetar comunicação na Terra


O Sol deve alcançar seu pico de intensidade de explosões no próximo mês de maio. Este fenômeno, no entanto, não deve deixar a população assustada, como afirma o doutor em Ciências pela USP e editor da revista Scientific American Brasil, Ulisses Capozzoli.

Explosões solares são comuns e sempre ocorreram. A Nasa (Agência Espacial Americana) divulga constantemente imagens de explosões no Sol que geram ventos solares que espalham partículas subatômicas, que atingem os planetas.

De acordo com Capozzoli, o Sol tem um ciclo médio de 11 anos de explosões relacionadas às manchas escuras que aparecem na superfície. “Desde que começamos a ter registros científicos, estamos no 24º ciclo, que deve ter seu pico de intensidade agora em maio”.


Apesar da média de 11 anos, os ciclos de explosões solares podem variar. “As manchas escuras inibem a subida de energia que parte do coração profundo do Sol, onde está sua usina de força. Este ciclo, no entanto, é uma média, mas pode haver variações que sejam de 9 ou 14 anos, por exemplo”, explica.

O cientista alerta que o atual ciclo de explosões solares é o mais calmo desde 1928, mas que existe uma possibilidade de que uma explosão individual provoque um bombardeio de partículas que causem grandes prejuízos ao nosso planeta.

Efeitos na Terra
As partículas carregadas pelos ventos solares atingem os planetas que giram ao seu redor. A Terra tem um escudo magnético que desvia essas partículas para os polos. Este efeito produz a aurora boreal (polo Norte) e a aurora astral (polo Sul).


“Como a Antártida só foi ocupada por bases científicas após a 2ª Guerra Mundial, temos poucos registros da aurora astral”, explica Capozzoli. “Como o norte é habitado, sempre ouvimos falar da aurora boreal. Esses fenômenos nada mais são do que as partículas emitidas pelo Sol interagindo com a nossa atmosfera”.

Dentre as principais preocupações com uma explosão solar estão os satélites, que podem ser afetados. “Por exemplo, você está assistindo ao jogo do seu time do coração e de repente a transmissão é afetada, perde o sinal por causa dos ventos solares”.

Geradores de energia também podem sofrer problemas na Terra. Outros que podem ser afetados são os astronautas da ISS (Estação Espacial Internacional). “Os ventos solares podem danificar o código genético e causar doenças como o câncer. Por isso existe uma grande preocupação com os astronautas quando eles estão fora da nossa atmosfera”.

Por causa do escudo protetor da Terra, essas partículas não causam grandes danos diretos aos seres humanos. Marte, por exemplo, que pode ter abrigado vida no passado, não possui atualmente um escudo protetor e recebe os ventos solares diretamente, o que torna praticamente inabitável na atualidade.
(Band)

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