Em pelo menos 58 municípios paulistas o crack superou o álcool em número de pedidos de tratamento na rede pública de saúde. A constatação é da pesquisa Mapa do Crack, elaborada pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Usuários de crack no centro de São Paulo, na região conhecida como Cracolândia
A pesquisa que será apresentada nesta quinta-feira (13) na Alesp ouviu profissionais da área de saúde em 299 municípios paulistas que concentram 32 milhões de habitantes, cerca de 74% da população do Estado.
De acordo com responsáveis pela pesquisa, foram enviados questionários aos profissionais de saúde pedindo que classificassem em uma escala de 1 a 6 qual a droga mais presente na cidade. Nestas 58 cidades o crack recebeu nota 6, superando o álcool.
Segundo os coordenadores da pesquisa, a tendência já havia sido percebida em estudos anteriores mas até agora não havia sido quantificada.
Em resposta a um pedido de informações feito pelo deputado Donizete Braga (PT), coordenador da Frente Parlamentar, o secretário estadual de Saúde, Giovani Guido Cerri, informou que o governo paulista criou um grupo para agilizar a adesão do governo paulista ao programa “Crack, é possível vencer”, do governo federal, lançado em dezembro do ano passado e que permite o uso do sistema SUS no tratamento de dependentes químicos. Na resposta, o secretário diz que a tarefa do grupo é solucionar problemas burocráticos e informa ainda que o governo já formou mais de 7 mil agentes multiplicadores de ações preventivas nos últimos dois anos.
(IG)
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