O conceito de amor mudou muito durante a história. E é essa trajetória que comprova que o amor romântico está saindo de cena. A primeira concepção surgiu no século 12, com o amor cortês. Só em 1940 o casamento por amor virou um fenômeno de massa, com os filmes de Hollywood.
Depois da Segunda Guerra Mundial, no entanto, os jovens passaram a questionar os valores dos pais e, ainda que sem saber, a preparar o terreno para a revolução sexual que aconteceria depois. Em 1962, surgiu a pílula anticoncepcional, que foi o que realmente mudou tudo. Graças a ela, o sexo se dissociou da procriação e a mulher passou a ser dona da própria vida. Hoje, estamos no meio de uma mudança enorme de mentalidade que começou lá atrás.
Diz-se que o amor romântico não é o de mandar flores, mas de um amor idealizado, irreal. Se uma pessoa ama, idealiza e atribui características que a outra não tem. Passa a vida toda querendo mudá-la e, no fim, percebe-se que é impossível. Para piorar, o amor romântico prega uma grande mentira, que é “quem ama não sente desejo por mais ninguém”. Nessa concepção enganosa de amor, não nos apaixonamos pelo outro, mas pela própria paixão. O objeto não importa, desde que nos sintamos extasiados. É um amor egoísta, que só gera sofrimento.
O problema dos casamentos é que, cedo ou tarde, eles deixam as pessoas infelizes. Os que declaram desencanto com o casamento somam 80%. Só de 3% a 5% são realmente felizes. O resto oscila. Ou seja, não é à toa que a monogamia já era.
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