Ontem, “debulhando” o youtube, dei de cara com um vídeo que traz Maria Bethânia interpretando brilhantemente – como, aliás, sempre, Sonho Impossível, música poema de Chico Buarque e Ruy Guerra, precedida de um poema de Fernando Pessoa.
Convivi algumas vezes com esse mesmo tema no passado. Os poemas, a canção e a realidade brutal da época de chumbo (a ditadura). E me impressiono porque a sinto sempre atual, semelhante com o que ocorre com A revolução dos Bichos. A primeira obra é de 1974 e a segunda, de George Orwell, data de 1945.
Ambas nos remetem a movimentos revolucionários. Um no Brasil e outro na Rússia czarista. E foram sonhos coletivos. Raul Seixas martelava: Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto é realidade.
E eu ainda ouso sonhar. Porque acredito que os sonhadores vêem o amanhã. Ainda ouso fazer um desejo, pois desejar abre caminhos para a esperança e ela é o que nos mantém vivos. Ouso buscar as coisas nos detalhes onde as outras pessoas não conseguem ver, sem temer ver o que outros não podem, não conseguem ou não querem.
Acredito no coração e em sua bondade como forma de fazer os outros acreditarem nisso também. E na magia que a vida esbanja possuir, pois a vida é cheia dela.
Acima de tudo, acredito em mim mesmo. Porque dentro de mim reside a magia, a esperança, a ousadia, o amor (da forma que o sinto e interpreto), e os sonhos de amanhã. E se o desejo é condição para a realização do sonho, deve ser sempre forte e definido.
O impossível só dura o tempo de ser realizado!
Reginaldo Monteiro
Sonho Impossível
0 comments:
Postar um comentário