Um grupo de cerca de 30 professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais se acorrentou na praça Sete, no centro de Belo Horizonte, em mais um ato da greve que completa 97 dias nesta segunda-feira.
Os professores, que estão com correntes presas às mãos e ao pescoço, pretendem ficar até o começo da noite de hoje em torno do obelisco da praça, localizado em um dos principais cruzamentos da cidade.
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O Pirulito da Praça Sete, monumento ocupado pelos professores. (Foto: Charles Silva Duarte/O Tempo/AE) |
Eles cobram do governo de Minas o pagamento do piso nacional do professor, que é de R$ 1.187 (valor para 40 horas semanais).
O governo mineiro ofereceu o valor proporcional de R$ 712 para 24 horas semanais, mas os professores rejeitaram sob a alegação de que o valor oferecido não diferencia os docentes que têm ensino médio dos que têm nível superior ou pós-graduação.
Na defesa da sua proposta, o governo de Minas diz que a AGU (Advocacia Geral da União) considerou, na semana passada, que o piso proporcional oferecido está de acordo com a lei federal para o piso salarial nacional. A proporcionalidade já havia sido considerada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A greve dos professores deixa cerca de 1 milhão de estudantes sem aulas, de um total de 2,3 milhões de alunos do ensino fundamental e médio da rede pública estadual. O número é estimado pela federação de pais.
O governo de Minas diz que a greve é total em 2% das escolas estaduais e parcial em 19%. O sindicato dos professores diz que 50% das escolas estão paradas.
(Fonte: Folha)
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