14 abril 2024

Economia de guerra: Como empresas dos EUA lucram bilhões com o conflito na Faixa de Gaza

“A situação em Israel obviamente é terrível, e ela está evoluindo neste momento. Mas acho que se observarmos as crescentes demandas em potencial vindas disso, a maior delas vem da artilharia”, afirmou, no final de outubro de 2023, Jason Aiken, vice-presidente executivo da General Dynamics, uma das maiores empresas do setor de defesa do planeta, durante uma conferência sobre os lucros da companhia no terceiro trimestre daquele ano. Um dia depois da reunião, as palavras de Aiken começaram a se concretizar na Faixa de Gaza, com o início de uma operação terrestre com o objetivo de “erradicar” o grupo terrorista Hamas, após os ataques de 7 de outubro, que deixaram 1.139 mortos. O executivo foi preciso na parte da artilharia: ele disse que sua empresa trabalhava para produzir cerca de 100 mil munições por mês — mesmo número que o Exército israelense admitiu ter usado em Gaza desde o início da guerra. A demanda foi tamanha que os EUA aprovaram, em dezembro, a venda de US$ 147 milhões (R$ 753,71 milhões) em munições de 155 milímetros a Israel, em uma das duas únicas operações do tipo reveladas publicamente por Washington.

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