08 outubro 2020

AGROTÓXICO: "Mais contaminação e morte", prevê especialista após paraquate ser liberado até 2021

Após a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de liberar, nesta quarta-feira (7), a utilização de estoques do agrotóxico paraquate no país, pesquisadores e especialistas que acompanham o debate sobre pesticidas se mostraram preocupados com a medida. Considerada altamente tóxica ao sistema neurológico, a substância é uma das mais nocivas à saúde humana, sendo associada, em diferentes estudos científicos, ao mal de Parkinson e a mutações genéticas. “A gente considera que cada dia a mais em que o paraquate estiver em uso são mais contaminações, mais mortes, mais possibilidades de sequelas permanentes pras pessoas que estão expostas a essas substâncias. O paraquate tem muitos problemas. Ele tem uma toxicidade aguda muito elevada. Uma pequena dose dele já pode matar, inclusive, por isso ele é muito utilizado em processos de suicídio”, exemplifica o pesquisador e engenheiro Alan Tygel, da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida. Juntamente com o glifosato, o herbicida foi responsável pela morte de 214 pessoas no Brasil na última década, segundo um levantamento feito pelo portal Repórter Brasil em parceria com a Agência Pública.


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