08 fevereiro 2020

PCC: Policiais de Brasil e Paraguai se acusam de corrupção em fronteira

"Não confie em ninguém da Promotoria e da polícia paraguaia, são todos envolvidos com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Todos corruptos. Não se pode confiar", afirmou um policial federal brasileiro. "Por que o PCC cresceu tanto? E por que se instalou aqui? São brasileiros aliados a brasileiros. No Paraguai, há corrupção, mas há ainda mais do lado do Brasil", disse um policial nacional paraguaio. Entre investigadores brasileiros e paraguaios, há o consenso de que a fuga em massa do PCC em Pedro Juan Caballero, em 19 de janeiro, só ocorreu porque agentes carcerários se corromperam. A polícia paraguaia estima a fuga em ao menos R$ 6 milhões. Para além da fuga, as polícias, que oficialmente afirmam trabalhar em conjunto e harmonia dos dois lados da fronteira, na prática —e nos bastidores—, dizem ter relação difícil de confiança, uma vez que descreditam informações e investigações. Em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, a fronteira com o Paraguai tem as polícias Militar, Civil, Federal e a Guarda Municipal de Fronteira atuando na segurança. Os principais crimes registrados na cidade este ano foram violência contra mulher e perturbação de silêncio. Já em Pedro Juan Caballero, a cidade paraguaia que faz divisa com o Brasil, a segurança é feita pela Polícia Nacional, Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e divisão de investigações da polícia. Na cidade, no ano passado, houve 150 homicídios ligados ao crime organizado.
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