17 fevereiro 2019

FRÁGIL E SEM RUMO: Bolsonaro governa em coalizão com os filhos


As especulações, até a noite dessa sexta-feira (15), eram sobre o papel que o presidente Jair Messias Bolsonaro tomaria nesse furacão que parou o seu governo frágil e sem rumo, há menos de 2 meses da posse. Se ele agiria como presidente e daria uma basta na guerra deflagrada pelo filho Carlos contra um ocupante do primeiro escalão do governo, ou se daria à Nação um atestado de que faz um governo de coalizão com os próprios filhos. Onde nem sempre é somente dele a palavra final. Ganhou quem apostou na segunda hipótese. Ao demitir Gustavo Bebiano, Bolsonaro fez mais que explodir a pior crise do seu, até agora, breve mandato. Cortou a cabeça de um dos ministros funcionalmente mais próximos da Presidência da República – sua Secretaria Geral – e entregou-a numa bandeja de prata ao seu filho predileto. Carlos Bolsonaro – que não exercia nenhum papel político relevante até esta semana, quando retomou seu mandato de vereador, no Rio de Janeiro – não dá as cartas somente na comunicação, nas redes sociais e nos eventos onde está sempre ao lado do pai. Zero Dois mostra que também influi de forma decisiva no governo, demitindo e, provavelmente, nomeando ministros. Jair Messias Bolsonaro perdeu uma grande oportunidade de mostrar que pode ser um chefe de Estado e não apenas um chefe de família.
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