Muitas mulheres já foram diagnosticadas
pelo menos uma vez com candidíase, doença causada por algum dos tipos do fungo
Cândida, presente em cerca de 20% da população feminina. No entanto, a
ginecologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra. Maria Rita Curty,
explica que não é preciso temer a presença dele, o qual convive em harmonia com
outros micro-organismos da flora vaginal. “A candidíase surge quando há
a proliferação demasiada da Cândida albicans ou glabrata em relação aos outros
micro-organismos presentes”, esclarece a profissional.
Normalmente, há suspeita de
desequilíbrio na flora quando ocorre o sintoma de prurido (coceira) vulvar,
vaginal e na região da virilha. “Nós, ginecologistas, conseguimos identificar
por meio de avaliação visual, devido à vermelhidão, e ao passar o aparelho
espéculo que observa o colo do útero, indicando caso as paredes vaginais
estejam avermelhadas e com secreção esbranquiçada”, comenta Dra. Maria Rita.
Também é possível diagnosticar o fungo no resultado do exame de Papanicolau.
A principal causa para o aumento
da Cândida no organismo é a queda da imunidade. “Isso pode acontecer pelo uso
de antibióticos, anticoncepcionais com elevadas doses de hormônios, diabetes
descompensada, entre outros motivos. É um fungo comum, mas que, com a imunidade
baixa, se prolifera pelo meio propício que é a vagina com suas mucosas, úmida e
quente”, explica a ginecologista.
De acordo com a Dra. Maria
Rita, a candidíase pode ser evitada com hidratação diária, alimentação regrada
com nutrientes e vitaminas, boas noites de sono e atividades que amenizem o
estresse. Também o consumo de vitamina D e probióticos (bactérias que fazem
bem) costuma ser eficaz em pacientes que apresentam os sintomas repetidamente.
Para tratamento, são
receitados antifúngicos via oral e em cremes ou pomadas vaginais. “Se não
cuidar, além da maior proliferação fúngica, pode ocorrer alterações na
quantidade de bactérias, com aparecimento de secreção amarela esverdeada,
agravando os sintomas e necessitando de antibiótico”, alerta.
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