18 janeiro 2017

Pacientes com Alzheimer devem ter cuidados odontológico especiais

Por ser uma doença progressiva, a demência impõe cuidados específicos logo depois do diagnóstico. Pacientes com Alzheimer devem seguir um programa de cuidados odontológicos o mais cedo possível para que a saúde oral não sofra impacto. No dia 4/2 (sábado), durante o 35º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, a cirurgiã-dentista Denise Tibério vai dar uma aula sobre Alzheimer na Odontologia, das 10h às 11h30, no Expo Center Norte. “Garantir que o paciente idoso tenha uma boca saudável, principalmente aquele que sofre de uma doença tão severa quanto o Alzheimer – que vai destruindo progressivamente a memória e outras funções cognitivas importantes –, é fundamental não só do ponto de vista da autoestima do paciente, como permite que ele fique livre de cárie, dificuldade para mastigar, inflamações e infecções na gengiva, perda de dentes, dor e desconforto tão comuns em quem não recebe esse tipo de cuidado”, diz a especialista, que também é autora do livro “Alzheimer na clínica odontológica” (Editora Appris). Denise explica que pessoas que sofrem de demência podem fazer uso de outros medicamentos para tratar diversas condições – sem contar antidepressivos, antipsicóticos, anti-hipertensivos e sedativos. “A Síndrome da Boca Seca é uma condição muito frequente nesses pacientes, quase um desdobramento do próprio tratamento. Dado que a saliva lubrifica e limpa a boca e os dentes, a falta de saliva pode acelerar a deposição de placas bacterianas e aumentar o risco de cárie, gengivite e infecções. Até mesmo se o idoso fizer uso de próteses móveis (dentaduras), essa condição poderá aumentar o desconforto e a dificuldade de mastigação. Sendo assim, o cirurgião-dentista que acompanha esse paciente poderá indicar formas adequadas de minimizar o impacto do tratamento de Alzheimer na boca do indivíduo”.
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