25 julho 2016

TRÁFICO: Apreensão de droga comprada pela internet em sites do exterior sobe 64%

Brasileiros têm utilizado cada vez mais a internet para importar sementes de maconha e outras drogas para evitar contato com a polícia e traficantes. Somente no ano passado, a Receita Federal localizou 2.359 sementes da erva, uma alta de 143% em relação a 2013, quando foi registrada a apreensão de 970 unidades. O total de drogas flagradas, incluindo cocaína e narcóticos sintéticos, somou 684 quilos, um aumento de 64% em relação aos 416 kg apreendidos em 2013. Os dados foram fornecidos por meio da Lei de Acessos à Informação. Atento ao público, empresas estrangeiras saíram da chamada "deep web" - local na internet em que as páginas não aparecem nas ferramentas de busca - e, instaladas em países onde a venda de sementes é permitida, apresentam sites com conteúdo totalmente em português e estimativas de preços em reais. Compradores relatam ainda a utilização de aplicativos de troca de mensagens, como WhatsApp, Telegram e Facebook, para acertar as transações. Um dos sites mais populares é o Seedsman, do Reino Unido, que apresenta opções para gostos variados, com diferentes preços. Uma das semente mais caras, por exemplo, sai por £ 44, cerca de R$ 154. A plataforma alerta seus usuários para eventuais riscos na aquisição: "Recomendamos que você verifique a legislação de seu país para confirmar se você pode comprar legalmente os produtos que vendemos. Todos os produtos vendidos no site são legais para venda no Reino Unido e na Europa". Porém, a plataforma oferece a opção de "envio secreto" - com um seguro em caso de extravio e uma embalagem "discreta" -, geralmente com algum tipo de brinde para disfarçar o produto.
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