O papa
Francisco criticou a corrupção e a chamada "cultura do descarte" ao
se reunir neste sábado (13) com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, um
dos primeiros compromissos do líder da Igreja Católica em sua viagem oficial ao
país. O pontífice argentino foi recebido no Palácio Nacional. Nunca antes um papa havia participado de uma
reunião oficial como chefe de Estado no local. "A experiência nos mostra
cada vez mais que, quem opta pelo caminho dos privilégios e dos benefícios para
poucos, cedo ou tarde a vida social se torna um cultivo de corrupção, tráfico
de drogas e exclusão de diferentes culturas, de violência e de tráfico de
pessoas, sequestros e mortes, as quais causam sofrimento e criam obstáculos ao
desenvolvimento", disse Francisco. O papa também ressaltou que o México "é
um grande país" e que o governo "pode contar com a colaboração da
Igreja Católica, que acompanha a vida da nação". Segundo o pontífice, o problema do narcotráfico no
México é "um desafio étnico e cívico para a juventude e para a sociedade
inteira, inclusive a Igreja". Ele definiu a criminalidade no país como uma
"metástase que devora" o México. O líder católico chegou na noite de
ontem (12) ao país para uma visita oficial que será encerrada somente em 18 de
fevereiro. É a quarta vez que o papa viaja ao continente americano, sua terra
natal, desde que foi eleito, em março de 2013.
(Band)