O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva passa a ser investigado na Operação Zelotes que apura um suposto esquema
de venda de medidas provisórias (MPs) para beneficiar montadoras. Segundo a
Polícia Federal, não foi possível descartar a participação do petista nas
negociações nem a do ex-ministro Gilberto Carvalho. Já os senadores Renan
Calheiros e Romero Jucá tiveram os nomes retirados da investigação por falta de
provas. Em nota, o Instituto Lula afirmou que "nada justifica" o
ex-presidente passar de informante para investigado no inquérito. "O
ex-presidente foi ouvido no dia 6 de janeiro na condição de informante, sem a
possibilidade de fazer uso das garantias constitucionais próprias dos
investigados. Não há nenhum elemento que justifique a mudança do
tratamento", apontou a nota escrita pelo advogado de Lula, Cristiano Zanin
Martins. A Operação Zelotes foi deflagrada em março de 2015. Até novembro do
ano passado, os policiais federais e fiscais da Receita Federal já haviam
cumprido 41 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Ceará e Distrito
Federal.
(Band)