28 agosto 2015

MPF denuncia coronel Ustra por morte de dirigente do PCdoB na ditadura

O Ministério Público Federal apresentou à Justiça Federal em São Paulo nova denúncia contra o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra por supostos crimes cometidos durante a ditadura militar. Segundo a acusação, Ustra seria um dos envolvidos na morte do militante comunista Carlos Nicolau Danielli, "sequestrado e barbaramente torturado" nas dependências do Destacamento de Operações e Informações do antigo II Exército (DOI) em São Paulo, em dezembro de 1972. As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação Social da Procuradoria da República em São Paulo nesta quinta-feira (27). O procurador da República, Anderson Vagner Gois dos Santos, autor da denúncia, destaca que os crimes atribuídos a Ustra e a outros dois ex-agentes da repressão também denunciados, "não são passíveis de prescrição ou anistia, uma vez que foram cometidos em contexto de ataque sistemático e generalizado à população, em razão da ditadura militar". "O Estado brasileiro tinha pleno conhecimento desse ataque, o que qualifica as práticas como crimes contra a humanidade", afirma o procurador. Esta é a sexta ação penal que o Ministério Público Federal apresenta contra o ex-comandante daquela unidade militar. Também foram denunciados o delegado da Polícia Civil de São Paulo Dirceu Gravina e o servidor público estadual aposentado Aparecido Laertes Calandra, ambos subordinados a Ustra na época da morte de Danielli. 
(BN)
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