Detentos do Presídio Regional de Feira de Santana, cidade
distante 109 km de Salvador, realizam uma rebelião que começou por voltas das
14h30 deste domingo, 24. Sete detentos foram assassinados e cinco ficaram
gravemente feridos. Um dos mortos foi degolado. Cerca de 70 pessoas estão sendo
feitas reféns e os presos prometeram liberá-las na manhã desta segunda-feira,
25. De acordo com o diretor do presídio, Cleriston Leite, o motim acontece no
pavilhão 10, que tem capacidade para 152 pessoas, mas está com 340 presos.
Ainda segundo o diretor, uma briga entre os próprios internos deu início a
confusão. "A guerra entre as facções levou-os a se rebelaram. Um grupo
quer comandar os presos e por isso eles se desentenderam", afirmou. O
grupo pede a presença da imprensa, OAB e da Comissão de Direitos Humanos
da Câmara Municipal de Feira de Santana no local. Segundo o coronel da PM
Adelmário Xavier, comandante da Regional Leste, todas as exigências foram
atendidas. O presidente da Câmara, Ronny Oliveira, chegou ao presídio por
volta das 19h para participar das negociações. "Eles pediram nossa
presença por segurança, pois foram transferidos para outro pavilhão",
disse o vereador. A polícia apreendeu dois revólveres e uma pistola, além de
diversas armas brancas, informou Xavier. Ainda segundo o comandate, o grupo que
iniciou a rebelião tentou invadir outro pavilhão do presídio, mas foi impedido
por cerca de 250 agentes penitenciários. Três dos mortos já foram
identificados, Aroldo Brito, preso por assalto a banco, José Sirla, preso por
porte ilegal de arma e homicídio e Walisson Rodrigues que foi preso por
homicídio. Participam da negociação o Coronel da PM Xávier, o diretor do
presídio, Cleriston Leite e Luís Antônio Fonseca, da Secretaria de
Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap). O presídio tem capacidade
para 608 pessoas, mas atualmente tem 1.500 presos.
(A Tarde)